terça-feira, 18 de agosto de 2015

Saida para a crise - O que está fora está dentro e o que está dentro está fora.( se ainda não faz sentido para você, torça para entender isto o mais breve o possível)

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Cada vez mais tenho entendido que a saída não está do lado de fora e sim do lado de dentro de mim e de você, de todos nós.Parece obvio e lugar comum, mas você já pensou a fundo nisto? Ontem vi uma palestra super legal de um monge budista. Ele dizia que as coisas que ruins nos ocorrem não são senão um reflexo de nossas confusões mentais e de nossas ações por causa desta confusão. Não foi ele quem disse e nem eu que estou dizendo , Buda disse isto. A mim e talvez a você, não sei, fica
muito difícil a gente definir o que queremos. Se você tentar vai ver que a maioria do que falamos não é realmente o que queremos. Se vc disser Quero dinheiro. não é dinheiro que quer, são as sensações que ele pode lhe trazer.. (se um gênio dissesse, ta bom, toma a grana, mas você aparecesse no meio de um deserto com ela e sem água, o que vc pensaria? Ou se aparecesse com câncer terminal e cheio da grana...) Então fica difícil a gente conseguir achamos que queremos.Você diz que quer, mas sua alma não confirma e não há sincronicidade. O importante nisto não apenas reconhecer o que não queremos, mas sim reconhecer o que realmente queremos que é algo mais profundo, tá mais intrincado e difícil de ver. Tá dentro de nós. Você não quer a grana em si, você quer a paz que você acha que ela vai te trazer, até conseguir a grana e ver que ela te trouxe alguma felicidade por um tempo e depois, aquele impeto de ter o dinheiro foi se desvanecendo, agora que você já tem. O exemplo que o monge deu foi o seguinte: Que tal viver em um pais onde não haja corrupção, onde o governo pense realmente no bem estar da população, não haja desigualdade social e bla bla bla...tudo de bom. Poxa, maravilhoso! Bom, veja o índice de suicídios de alguns países que são assim e fique pasmo. Então não é o que tem do lado de fora. Não é a crise ou a Dilma no poder, nem a conta de luz. A luz tem que vir de dentro, onde está muito escuro para muita gente.(me incluo nisto).
A indefinição do que você quer tem acabado te trazendo tudo o que você não quer e isto o deixa cada vez mais insatisfeito e puto.A meditação, que não é reza, nem oração, nem ficar acéfalo sem pensar....ela tem o poder de te levar ao autoconhecimento. Aprenda a meditar e comece a perguntar a si mesmo : O que eu realmente quero? O dinheiro ou a casa que ele pode me dar? Mas quando eu quero a casa, é a casa ou o conforto e a segurança que ela pode me dar? A partir destas perguntas pense, se te tirarem tudo, mas tudo mesmo, sua casa, carro, emprego etc... o que sobra de você hoje?Será que teria forças para continuar sem bens materiais? Será que ficaria sentado na sarjeta comendo lixo e reclamando da vida? Ou uma chama lá dentro de você acenderia te dizendo: "Eu estou aqui, sou você e você sou eu. Juntos olharemos a situação e tiraremos as melhores lições disto que nos está ocorrendo".
Ali é seu centro. Quando você simplesmente para, chora o que tiver que chorar e depois simplesmente olha pra si e grita. "levanta, continua a andar que o caminho ainda é lindo, como sempre foi". A cada dia, segundo a Monja Coen, acordamos e devemos pensar: Oba!, ainda tem mais um pouquinho pra eu viver. Tem o agora, tem o dia de hoje, tem o vento, as flores, a chuva, em fim, ainda posso desfrutar da vida humana que me foi dada.



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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Abismo do querer

Ele viu aquele surfista que viajava pra onde queria e ainda surfava umas ondas e disse, sim, é assim que eu quero ser. No entanto notou que o que dizia querer não estava ressonando com aquilo que sentia e fazia. Suas crenças internas arraigadas não lhe permitiam sair fora da rotina que a vida que ele escolhera  lhe impunha. A razão para aquilo era que ele não acreditava que era possível viver intensamente e parar de trabalhar para se divertir com o próprio trabalho. Ele não via nisto uma realidade possível, levava tão a sério o que fazia que não podia nem pensar em estar se divertindo com isto. Notou que era como um peão no jogo do xadrez. Os peões são peças que estão na frente de batalha, ralam a cara logo de entrada e são os primeiros a levarem a pancada do inimigo.Ele se esforçava, ralava, trabalhava, mas no fim, só conseguia dinheiro para pagar as contas. Os reis e as rainhas não, ficam lá atras, sendo eles, só fazendo movimentos inteligentes e mínimos. Eles podem muito mais, mas sua inteligencia lhes diz que é melhor conservarem suas energias para uma jogada essencial e bem planejada. Reis e rainhas não saem fazendo o trabalho dos peões, não porque não possam, mas porque é arriscado e carregam sobre si a responsabilidade de manter o jogo funcionando. Depois de pensar nisto, ele descobriu que 90% da responsabilidade do que lhe acontecia em sua vida eram ditados pelo seu subconsciente e o resto vinha do seu raciocínio. As coisas que ele não dizia, mas pensava que no fundo fossem verdades é que regiam sua vida. esta foi uma sacada muito importante. Então o que ele tinha que fazer não era querer ser aquele surfista, era sentir que, no aqui e agora, podia ser quem ele quisesse, desde que aprendesse as regras deste jogo. Olhar pra dentro de si e revisar suas crenças mais profundas era imprescindível. Agir como um rei era uma obrigação. Autoconhecimento era mais do que parte do caminho, era destruir a cada dia a zona de conforto para ter um novo desafio.
Então testou a seguinte frase para ver como soava: "Eu quero ser milionário". Não conseguia sentir a consonância. Preocupava-se com os impostos que teria que pagar, com possíveis ataques, ladrões, sequestros, perdas, miséria...Mal se imaginara tendo tudo e ja havia perdido porque ao que parecia não era isto que queria. Mas era isto que parecia ser bom, ser sua melhor versão. Queria ter tudo e não se preocupar muito com nada ao mesmo tempo. Lembrou-se do skate e de que quisera um dia fazer uma determinada manobra. Seu amigo disse: Sinta que pode, e vai conseguir. Ele pensou, eu acho que posso...mas ainda não conseguia sentir. Tentou a primeira vez, caiu sem no entanto se machucar. Percebeu que sabia se defender do possível tombo. tentou pela segunda e conseguiu na terceira vez. Vibrou. Agora, disse-lhe o amigo. Você sabe que consegue. Repita isto incansavelmente até que se torne natural e que não se sinta envaidecido por ter feito tal manobra. repita muitas vezes para que sempre se lembre que pode fazer isto quando quiser e nas circunstancias que forem necessárias.
Ele lembrou que antes de conseguir fazer a tal manobra, ele se viu fazendo. Então veio outro insight. Imagem é tudo. deveria ver-se claramente tendo tudo o que desejara ter e ali estaria, logo a sua frente.
Desligou seu lap-top exatamente quatro horas depois que iniciou o trabalho da semana. Só trabalharia novamente, se é que é possivel dizer que escrever seus textos era trabalho, uma semana depois. Neste meio tempo curtiria as festas de lançamento de seu novo livro e as viagens que ele mesmo programara pelo mundo aproveitando o roteiro das editoras interessadas em seu mais novo best seller.