sábado, 6 de julho de 2019

Meditação

Olhamos os espaços fora de nós, mas o infinito externo, quando visto por nossos olhos, é apenas uma minúscula parte que existe diante de nosso infinito interno. Pensamos que é raso nosso poço interno e raramente descemos mais a fundo por preguiça de ali explorarmos mais. A exploração de nosso interior é solitária e vazia nas primeiras tentativas por causa da nossa impaciência. Não temos paciencia com nossa alma e esta impaciência nos impede de chegarmos até nosso espirito, nossa casa.
Jornada escura e cheia de percalços. abismos internos sobre os quais queremos voar mas nos agarramos o tempo todo aos pensamentos da matéria. Nosso aprendizado ocidental nos embaça a vista. A mente pula como um macaco de galho em galho, sempre pensando outra coisa e outra coisa. Nosso grande aprendizado é acalmarmos o macaco, deixando assim que a energia cósmica que está em tudo e em todos nos penetre e nos permita enxergar com clareza o que há dentro de nós.. Oramos a Deus sempre pedindo e pedindo, como uma matraca que não cala e jamais profere as palavras certas, as de agradecimento por nossa vida, por estarmos aqui, nesta experiência terrena e fascinante. Jamais deveriamos nos aproximar de Deus para pedir nada. Não somos mendigos, fomos feitos a sua imagem e se filho de peixe é peixinho, então filho de Deus o que é?. Temos em nós a capacidade intrinseca de operarmos milagres em todas as áreas. Podemos, assim como Cristo e através da energia de Deus impor as mãos, curar doentes e principalmente curarmos a nós mesmos, nossas feridas internas. Mas muitas vezes preferimos pensar que Deus é que tem esta responsabilidade de nos curar e de curar aos outros. Pedir coisas e ações  a Deus é tão somente o ato de mendigar por algo que já é nosso, visto que ele ja nos deu tudo o que era necessário para sermos felizes. Caimos em nossas proprias armadilhas criando desejos e expectativas que nos frustram e depois, deprimidos vamos pedir ajuda a Deus. Criamos vontades, vicios, deuses de todo o tipo e isto gera uma grande tempestade interna que não sabemos depois aplacar. Somos péssimos aprendizes como foi Pedro ao sair do barco. Aprendemos fazer os milagres pela metade e depois, quando afundamos, culpamos os outros ou a situação, jamais assumindo nossa verdadeira responsabilidade de fazermos o milagre de termos uma vida feliz. Apenas uma simples palavra resolve e aplaca a furia das tempestades internas. É Renegada ao esquecimento, pois sempre queremos estar conscientes e pensantes, gerando nossos proprios problemas e nossas doenças atraves da matraca mental. Esta palavra tão renegada é Meditação. Aquietar, acalmar a mente, deixar fluir. Dificil é a arte de parar e fechar os olhos, aquietando a alma e acalentando o coração.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Momentos intensos

11 989149653 novo

Já se pegou tão absorto em alguma coisa que você poderia ser parte daquilo? Lembro-me e ocasiões em que eu brinquei de fazer um dique de pedras numa das cachoeiras em que visitei. Eu era cada uma daquelas pedras. Estava ali por inteiro, em cada partícula da pedra e em cada molécula da água. Nada me tirava a atenção de minha intenção de bloquear a água. Éra como se eu dependesse daquela represinha para viver.
Podia sentir o cheiro das pedras que pegava, o cheiro do lugar, o frescor da água onde estava sentado como uma criança a brincar. Estar zá-zen é sentar-se sem fazer absolutamente nada. Uma coisa dificílima para qualquer um de nós . Tente. Sente-se por 2 minutos que seja olhando uma parede, sem nada fazer. Vc não consegue ficar por muito tempo. A ideia é que ao fazer isto as coisas dentro de sua mente se acalmem, mas isto não acontece. como diz OSHO, vc vê toda a sua loucura e isto pode até te desestabilizar. Então ele aconselha que a gente faça 3 coisas. Primeiro agite se corpo, muito, pule, mexa-se esquisitamente, grite se quiser, gema, estresse ao máximo. Segundo. dance calmamente agora, deixe seu corpo fazer os movimentos que quiser, mas não pare, evolua sempre com os braços e as pernas. dance somente. Depois passe a terceira parte. Pare e ai sim, sente-se sem fazer nada. Não é para dormir, mas pode até deitar. Deixe o pensamento fluir como quiser. assista o pensamento. deixe-o passar. Veja que ele propõe 15 minutos ou 20 para cada fase destas...kkkk não consigo nem 5, mas estou me superando a cada dia porque ao menos estou tentando.
Mas me lembrei de quando ia ao parque e brincava com a Anne. Jogávamos uma pinha para o outro rebater com um pedaço de pau e fazia ponto quem conseguisse acertar a pinha. Eu estava lá, inteiro com ela na brincadeira, por isto quando me lembro é como se estivesse lá de novo, agora. Ou as vezes pegávamos duas varas e achávamos uma sacolinha plástica e a brincadeira era quem conseguia ficar com a sacolinha plástica na ponta da vara por mais tempo sem que o outro tomasse. Me referi a isto para que quem esteja lendo isto pense nos momentos bons que tiveram com familiares e amigos e lembrem de momentos em que estiveram inteiros ali. Sem preocupações com contas, trabalho, correrias, nada. Saibam que estou descobrindo que viver é isto, estar inteiro onde quer que você esteja. O resto é vegetar para pagar contas ou fazer, fazer, fazer. É difícil de praticar, mas com o tempo a gente aprende. Ontem estava em uma biblioteca de um cliente e amigo(considero a todos como amigos, apesar de que nem sempre é recíproco...rsss) e ví uma etiqueta de uma revista que coloquei acima do nível das outras ha tempos. Talvez a pressa, talvez o calculo errado , a correria e a dificuldade de acesso aquela caixa lá no alto da estante gigante me fizeram deixar a etiqueta um pouco para cima e sem ajuste. Olhei a caixa uma, duas vezes e disse a mim mesmo. Não é nenhum crime se eu estiver aqui e agora, inteiro no meu trabalho e parar tudo para corrigir algo que fiz errado. Não vai fazer nenhuma diferença para o cliente, pois é apenas um centímetro ou meio acima do nível certo. Mas para mim vai, eu quero me sentir aqui, inteiro e esta coisa desalinhada me deixa apartado da essência do que faço. Foi algo apenas simbólico, mas percebi que estava ali por inteiro. Amando o que faço e fazendo o melhor por mim, não por ninguém.
Falei demais como sempre... abraço aos leitores, acho que uns dois ou três que lêem minhas abobrinhas...mas gosto de escrever como perceberam.se vc leu, me deixe saber que leu...não precisa dizer que gostou..rsss
(como sempre, sentei e escrevi, correções sempre serão benvindas)